Relatórios Trimestrais
Relatório 1º Trimestre 2025
O ano de 2025 e seu primeiro trimestre começaram com as grandes expectativas, e até dúvidas, sobre a agenda do novo presidente dos EUA, Donald Trump, e de seu impacto sobre a atividade econômica e inflação norte-americana. Após um ano de relevantes ganhos em 2024, em que as bolsas dos EUA subiram acima de 20%, era natural esperar que o período começasse com certa ressaca, ainda mais diante do cenário de uma nova agenda da Casa Branca, mas a realização ocorrida nos mercados no mês de dezembro, os dados robustos da economia norte-americana e Donald Trump não confirmando a adoção de tarifas mais agressivas em sua posse, deram o combustível necessário para que o trimestre começasse com bons ganhos para os ativos de risco globais.
Do lado do mercado de trabalho, um dos principais fatores para a boa performance do consumo das famílias ao longo dos últimos anos (e do PIB, afinal de contas o consumo representa cerca de 2/3 do produto norte-americano), o período continuou trazendo boas notícias, com o payroll(principal dado do setor) ora apresentando a criação do número de vagas acima do esperado, ora em linha (e mesmo quando mais fraco, o dado ainda foi saudável). Com um mercado de trabalho robusto e com a renda das famílias crescendo acima da inflação, o consumo manteve-se também em boa forma, com as vendas no varejo e o setor de serviços se sustentando em terreno de crescimento.
Mas é evidente que outros dados da atividade mostraram certa desaceleração, uma vez que era natural que o chamado excepcionalismo da economia norte-americana apresentasse alguma acomodação após anos de boa performance e em resposta à taxa de juros acima daquela considerada neutra, mesmo que o FED tenha iniciado o movimento de quedas no ano passado. Aliás, sobre o Banco Central norte-americano, as reuniões realizadas no trimestre trouxeram uma postura mais cautelosa de “esperar para ver” como a economia e a inflação se comportariam diante dos impactos do esperado aumento das tarifas, mesmo que a autoridade monetária tenha sinalizado que ainda via espaço para até duas quedas de juros durante o ano.
Porém, apesar dos dados da economia real terem sido construtivos, da inflação ter continuado sua trajetória de queda (embora ainda acima da meta e indicando que dificilmente a alcançara esse ano) e do Banco Central não ter alterado seu discurso de maneira relevante, embora tenha adotado postura mais cautelosa, o trimestre não foi calmo como pode aparentar, muito pelo contrário. Após seu discurso de posse mais ameno, Donald Trump iniciou uma cruzada beligerante sobre as tarifas que os EUA iriam impor aos demais países que foi escalando durante todo período. Mesmo antes do chamado Liberation Day, dia em que o presidente anunciaria sua política de tarifas recíprocas (em abril), os mercados mundiais operaram em meio à muita volatilidade, já incorporando nos negócios as falas “contundentes” do presidente e as primeiras ações do governo neste campo (como a imposição de taxas sobre o aço e o alumínio importado pelos EUA, taxação sobre os produtos importados do Canadá e México, que a princípio entraram em vigor durante o mês, mas depois foram postergados para dia 02/04, e anúncio no final do mês de tarifas de 25% sobre a importação de todos os automóveis).
Desse modo, após um bom mês de janeiro, os mercados sucumbiram diante de toda incerteza com a já chamada Guerra Tarifária imposta pelo governo norte-americano, mesmo antes do anúncio oficial, e de seu possível impacto sobre a economia, inflação e taxas de juros. Como resultado, as bolsas dos EUA tiveram o pior primeiro trimestre desde a eclosão da COVID em 2020, o que resultou em expressivas quedas em março e no acumulado do ano (S&P recuou 4,6% e a Nasdaq 10,4%, esta última impactada também pelo movimento de rotação dos investidores que trocaram ações de empresas de “crescimento/tecnologia” por empresas de “valor”). Já os índices globais de ações, como o MSCI World, também foram impactados, mas de maneira menos intensa, uma vez que parte dos investidores trocaram suas posições dos EUA para outros países, o que ajudou o referido índice a recuar no período apenas 2,1%.
No Brasil, o período foi de poucas notícias, com os investidores operando no mês de janeiro basicamente o “não evento” e passando a ficar mais atento às poucas notícias vindas de Brasília a partir de fevereiro, principalmente sobre aquelas envolvendo a saúde das contas públicas. Porém, como do Executivo não vieram notícias muito relevantes ou diferentes do esperado, o cenário internacional foi primordial para os movimentos dos mercados locais, que se beneficiaram de um dólar mais fraco e da rotação dos investidores que trocaram parte de suas posições em ativos norte-americanos por ativos de outros países, inclusive do Brasil.
Assim, como dito, o trimestre começou com o recesso do Congresso e com poucas novas notícias do Executivo, o que praticamente se manteve ao longo do período. Infelizmente algumas ideias mais heterodoxas chegaram a ser aventadas, como congelamento de preços, tabelamento e fiscalização, mas comose mantiveram no terreno das ideias, não “fizeram preço”. De importante, veio a boa notícia do cumprimento da meta de resultado primário em 2024 (déficit de 0,09%), que foi possível graças à ajuda dada pela arrecadação recorde de R$2,65 trilhões com impostos e contribuições e com a não contabilização das despesas com a ajuda emergencial ao Rio Grande do Sul (considerando os gastos, o déficit subiria para 0,36% do PIB). De resto, o governo anunciou outras medidas, como o corte de R$7,7 bilhões no Bolsa Família (mas aumentou o gasto previdenciário em R$8 bilhões)e o projeto de isenção do IR para quem ganhar até R$5 mil por mês com a proposta de compensação de aumento do imposto para quem ganhar acima de R$50 mil mensais, mas que não foram importantes o suficiente para alterar o ponteiro do relógio, mantendo ainda elevadas as preocupações com a corrente e futura saúde das contas públicas.
Do lado da atividade, foram três meses de evidências de desaceleração da atividade, enquanto o mercado de trabalho continuou em boa forma. A produção industrial e o setor de serviços praticamente ficaram estáveis no período, enquanto o comércio restrito também não se movimentou na média móvel trimestral, recuando o comércio ampliado 0,7% no mesmo período. Por outro lado, o CAGED registrou saldo de cerca de 432 mil empregos criados, maior número da série, e o IBC-Br mensal cresceu mais do que esperado (0,9% contra 0,3%), embora em 12 meses tenha desacelerado pela primeira vez desde junho de 2024. Como resposta aos números mais amenos da atividade e aos baixos índices de aprovação, o Governo publicou no DOU a MP do crédito consignado privado, com o intuito de estimular a economia e a troca de linhas de crédito mais caras pela nova operação, que segundo os cálculos de analistas deve ficar em 2,89% ao mês (contra 1,8% do consignado para funcionários públicos e 1,66% do empréstimo voltado para o público do INSS).
Em relação à inflação e política monetária, após o IPCA fechar mais um ano acima da meta em 2024, a inflação doméstica continuou desconfortavelmente desancorada, tanto para o ano de 2025, quanto para os próximos dois anos, situação que levou o COPOM a aplicar as altas contratadas na reunião de dezembro, levando a Selic para 14,25%, e anunciar novas altas nas próximas reuniões (embora em menor magnitude). Apesar do movimento no trimestre ter sido exatamente como o esperado pelo mercado, o comunicado divulgado após a reunião de março trouxe um tom mais duro, com o Comitê indicando que avalia que o cenário está marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções elevadas para o IPCA, resiliência na atividade e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária contracionista.
No fechamento do trimestre, mesmo sem muitas novidades positivas no front doméstico, com mercado de trabalho ainda robusto, atividade em desaceleração, preocupações com as contas públicas, inflação resistente e taxa de juros elevada, o mercado brasileiro se beneficiou com o conturbado cenário internacional, que levou os investidores a redirecionarem parte de seus recursos para o mercado local (saldo positivo na Bolsa de R$3,4 bilhões), resultando em alta do IBr-X de 8,17%. A renda fixa também apresentou bons resultados devido às quedas das taxas de juros dos títulos prefixados e atrelados ao IPCA, com o IRF-M subindo 4,63% e o IMA-B 3,45%.
Planos Citiprevi
Performance Perfil Conservador (retornos brutos, cálculo por TIR)
Os perfis Conservadores dos Planos CD do Citiprevi possuem investimentos em três classes de ativos, sendo 55% em ativos pós-fixados, 27% em títulos atrelados à inflação com vencimento de até de 5 anos e 18% em títulos prefixados. As duas últimas estratégias foram as principais responsáveis pela performance do perfil (cerca de 3,4%), a qual ficou em linha com o benchmark (3,37%) e acima do CDI (3%). Importante também destacar que a parcela pós-fixada apresentou bons retornos nominais devido às altas promovidas da Selic no período, que levou a taxa a 14,25%, e devido também a mais um período de bons ganhos para os títulos de crédito privado (que em média renderam 4,6% considerando o índice que reflete essa classe de ativos).
Performance Perfil Moderado (retornos brutos, cálculo por TIR)
Os perfis Moderados dos Planos Citiprevi possuem investimentos nos segmentos de renda fixa, renda variável, estruturado e Investimento no exterior. Na renda fixa o perfil possui investimentos em três classes de ativos, sendo 55% em ativos pós-fixados, 27% em títulos atrelados à inflação com vencimento de até de 5 anos e 18% em títulos prefixados, essas duas últimas estratégias foram as principais responsáveis pela performance do perfil (cerca de 3,3%), a qual ficou em linha com o benchmark (3,37%) e acima do CDI (3%). Importante também destacar que a parcela pós-fixada apresentou bons retornos nominais devido às altas promovidas da Selic no período, que levou a taxa a 14,25%, e devido também a mais um período de bons ganhos para os títulos de crédito privado (que em média renderam 4,6% considerando o índice que reflete essa classe de ativos).
Refletindo a relevante performance do ano da Bolsa doméstica, o segmento de renda variável (com alta de cerca de 8,1%) foi o que mais contribuiu para o bom rendimento do perfil no trimestre, sendo que nenhum dos gestores superou a performance da meta estabelecida pela Entidade (8,7%). Vale lembrar que é dado para os gestores um mandato para superar a performance do IBr-X em cerca de 2 pontos percentuais ao ano e para isso eles precisam fazer alocações diferentes da composição da carteira do referido índice, investindo mais nos setores e empresas que acreditam ter maiores ganhos potenciais e menos nos setores e empresas que não possuem tanta convicção.
O primeiro trimestre voltou a ser um período negativo para a indústria de fundos Multimercado e, consequentemente, para o segmento Estruturado do perfil. No fechamento do período, esse segmento rendeu 0,3%, ficando abaixo do CDI (3%) e da meta estabelecida pela Entidade (3,76%).Em relação ao segmento no exterior, embora a queda das bolsas internacionais não tenha sido desprezível (MSCI recuou 2,1%), foi a valorização do Real que pesou no retorno do segmento e foi a maior fonte de detração de valor. Com valorização superior a 7% no trimestre do Real, o segmento apresentou recuo de 11,8%, com todos os gestores rodando abaixo da performance da meta estabelecida (que nesse caso é o retorno do MSCI World com exposição cambial).
O primeiro trimestre voltou a ser um período negativo para a indústria de fundos Multimercado e, consequentemente, para o segmento Estruturado do perfil. No fechamento do período, esse segmento rendeu 0,3%, ficando abaixo do CDI (3%) e da meta estabelecida pela Entidade (3,76%).
No consolidado, o perfil Moderado registrou retorno de cerca 3,3% no primeiro trimestre de 2025.
Performance Perfil Dinâmico (retornos brutos, cálculo por TIR)
Os perfis Dinâmico dos Planos Citiprevi possuem investimentos nos segmentos de renda fixa, renda variável, estruturado e Investimento no exterior. Na renda fixa o perfil possui investimentos em três classes de ativos, sendo 55% em ativos pós-fixados, 27% em títulos atrelados à inflação com vencimento de até de 5 anos e 18% em títulos prefixados, essas duas últimas estratégias foram as principais responsáveis pela performance do perfil (cerca de 3,1%), a qual ficou abaixo do benchmark (3,37%) e acima do CDI (3%). Importante também destacar que a parcela pós-fixada apresentou bons retornos nominais devido às altas promovidas da Selic no período, que levou a taxa a 14,25%, e devido também a mais um período de bons ganhos para os títulos de crédito privado (que em média renderam 4,6% considerando o índice que reflete essa classe de ativos).
Refletindo a relevante performance do ano da Bolsa doméstica, o segmento de renda variável (com alta de cerca de 8,2%) foi o que mais contribuiu para o bom rendimento do perfil no trimestre, sendo que nenhum dos gestores superou a performance da meta estabelecida pela Entidade (8,7%). Vale lembrar que é dado para os gestores um mandato para superar a performance do IBr-X em cerca de 2 pontos percentuais ao ano e para isso eles precisam fazer alocações diferentes da composição da carteira do referido índice, investindo mais nos setores e empresas que acreditam ter maiores ganhos potenciais e menos nos setores e empresas que não possuem tanta convicção.
O primeiro trimestre voltou a ser um período negativo para a indústria de fundos Multimercado e, consequentemente, para o segmento Estruturado do perfil. No fechamento do período, esse segmento rendeu 0,1%, ficando abaixo do CDI (3%) e da meta estabelecida pela Entidade (3,76%).Em relação ao segmento no exterior, embora a queda das bolsas internacionais não tenha sido desprezível (MSCI recuou 2,1%), foi a valorização do Real que pesou no retorno do segmento e foi a maior fonte de detração de valor. Com valorização superior a 7% no trimestre do Real, o segmento apresentou recuo de 11%, com dois gestores rodando abaixo da performance da meta estabelecida (que nesse caso é o retorno do MSCI World com exposição cambial).
No consolidado, o perfil Dinâmico registrou retorno de cerca 3,2% no primeiro trimestre de 2025.
Renda Fixa | % Trim. | % Ano | % 12m | % 24m |
---|---|---|---|---|
CDI | 2,99% | 2,99% | 11,28% | 25,02% |
IMA-S | 3,09% | 3,09% | 11,54% | 25,58% |
IRF-M 1 | 3,33% | 3,33% | 10,39% | 23,95% |
IRF-M | 4,63% | 4,63% | 4,82% | 19,52% |
IRF-M 1+ | 5,47% | 5,47% | 2,16% | 17,76% |
IMA-B 5 | 3,11% | 3,11% | 7,25% | 17,58% |
IMA-B | 3,45% | 3,45% | 0,75% | 12,65% |
IMA-B 5+ | 3,70% | 3,70% | -3,80% | 9,08% |
IHFA | 0,92% | 0,92% | 6,02% | 15,73% |
Jgp Idex-CDI | 4,62% | 4,62% | 13,12% | 32,66% |
Renda Variável | % Trim. | % Ano | % 12m | % 24m |
---|---|---|---|---|
Ibovespa | 8,29% | 8,29% | 1,68% | 27,85% |
Ibovespa (USD) | 16,78% | 16,78% | -11,53% | 13,12% |
IBr-X | 8,17% | 8,17% | 2,04% | 27,74% |
IBr-X 50 | 7,98% | 7,98% | 3,40% | 29,13% |
IDIV | 6,19% | 6,19% | 7,49% | 36,73% |
SMILL | 8,87% | 8,87% | -14,90% | 5,64% |
IFIX | 6,32% | 6,32% | -2,79% | 20,00% |
S&P500 | -4,59% | -4,59% | 6,80% | 36,56% |
MSCI WORLD | 78,88% | -2,14% | 5,55% | 29,99% |
Títulos Públicos | Taxa | Dif. | % Trim. | % Ano |
---|---|---|---|---|
NTN-B ago-2026 | 9,19% | 1,18 | 2,40% | 2,40% |
NTN-B ago-2028 | 8,09% | -0,03 | 3,95% | 3,95% |
NTN-B ago-2030 | 7,88% | 0,12 | 3,27% | 3,27% |
NTN-B mai-2035 | 7,60% | -0,05 | 4,17% | 4,17% |
NTN-B ago-2040 | 7,53% | 0,21 | 1,77% | 1,77% |
NTN-B mai-2045 | 7,48% | 0,08 | 2,93% | 2,93% |
NTN-B ago-2050 | 7,39% | -0,07 | 4,56% | 4,56% |
NTN-B mai-2055 | 7,38% | -0,07 | 4,59% | 4,59% |
NTN-B ago-2060 | 7,39% | -0,05 | 4,33% | 4,33% |
Títulos Públicos | Taxa | Dif. | % Trim. | % Ano |
---|---|---|---|---|
LTN out-2025 | 14,71% | -0,23 | 3,53% | 3,53% |
LTN jan-2026 | 14,95% | -0,50 | 3,88% | 3,88% |
LTN jul-2027 | 14,84% | -1,14 | 5,98% | 5,98% |
NTN-F jan-2027 | 14,92% | -1,03 | 2,88% | 2,88% |
NTN-F jan-2029 | 14,82% | -1,09 | 4,41% | 4,41% |
NTN-F jan-2031 | 14,85% | -0,83 | 4,48% | 4,48% |
NTN-F jan-2033 | 14,73% | -0,69 | 4,46% | 4,46% |
NTN-F jan-2035 | 14,77% | -0,44 | 3,51% | 3,51% |
Índices de Inflação | % Trim. | % Ano | % 12m | % 24m |
---|---|---|---|---|
IPCA | 2,04% | 2,04% | 5,48% | 9,62% |
INPC | 2,00% | 2,00% | 5,20% | 8,78% |
IGPM | 0,99% | 0,99% | 8,58% | 3,96% |
Câmbio | % Mês | % Ano | % 12m | % 24m |
---|---|---|---|---|
Dólar | -7,27% | -7,27% | 14,93% | 13,03% |
Euro | -3,68% | -3,68% | 14,85% | 12,22% |